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Nos dias 12 e 13 de dezembro, às 15h00 e 16h00 respetivamente, o Pequeno Auditório do Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, acolhe um espetáculo de dança dirigido ao público jovem, onde a dança é explorada através de uma perspetiva singular. Em “Linhas de Newton”, a nova criação de Aldara Bizarro, a dança explica-se através da geometria e da física.
Transformando o palco num plano geométrico, uma bailarina inventa novas perspetivas com linhas, pontos e interseções. O espetáculo é uma reflexão sobre o espaço, que aborda princípios básicos da física, a relação humana com o espaço que nos rodeia, a natureza e o espaço humanizado, a relação afetiva com o espaço familiar e o espaço que não se conhece. Pretende-se que através da dança, disciplina perita em trabalhar sobre o espaço, se transmita algumas noções básicas sobre esta matéria, bem como sobre o campo da fantasia e do belo.
Aldara Bizarro criou este espetáculo misturando mundos à partida distantes, mas que no fundo tratam a mesma questão. A dança é muito mais do que o movimento do corpo, é também o corpo que se move a trabalhar o espaço que o envolve. “O corpo não é a obra, é a ferramenta que preenche o espaço”, como explica a coreógrafa. Foi a partir deste conceito que Aldara Bizarro criou estas “Linhas de Newton”, um espetáculo que vai buscar à física e à geometria noções que explicam não só a dança, mas também o mundo.
“Linhas de Newton” é direcionado para os mais jovens, um desafio aliciante para Aldara Bizarro que está habituada a trabalhar para estes espetadores e que acredita tratar-se de um “público extremamente exigente, sem artifício”. Trata-se, contudo, de um espetáculo apelativo a todas as idades pela sua transversalidade onde, a partir de um conceito que foi o motor para esta criação, se explora o mundo que nos rodeia e todas as ligações que nele cabem.